Preço alto afasta consumidores das lojas de conveniência
A prática impede que esses estabelecimentos sejam parte da rotina diária de consumo das pessoas, revela pesquisa realizada pela BARE International. Localizadas em postos de combustíveis, elas também perdem a oportunidade de servirem de base de apoio para caminhoneiros e outros motoristas.
Não há dúvidas de que a rede de postos de combustíveis é um importante ponto de apoio aos motoristas, principalmente caminhoneiros, seja nas rodovias ou em áreas urbanas. Além de local para abastecer, diversos postos contam com lojas de conveniência onde é possível adquirir alguns produtos necessários durante uma viagem como água mineral, comida, entre outros. O problema é que esses estabelecimentos normalmente não fazem parte da rotina da maioria dos motoristas. São vistos como comércios de passagem por causa dos altos preços praticados e a pequena variedade de produtos a disposição.
Essas lojas poderiam se transformar em pontos de apoio para os caminhoneiros se adotassem uma política de preços mais acessíveis e oferecessem uma quantidade maior de produtos. Elas deixariam de ser um ponto de compra esporádico para se transformarem em opção de compra diária das pessoas, incluindo aí os motoristas de veículos de carga que teriam muito mais locais para se abastecerem durante uma longa viagem.
É o que revela pesquisa realizada pela BARE International no mês de junho. O levantamento mostra que 55% das pessoas que frequentam postos de combustíveis não têm o hábito de comprar produtos em lojas de conveniência. Entre os que responderam negativamente a este tipo de consumo, 56% apontaram os preços mais altos do que em outros locais como principal fator desencorajador.
Os consumidores também foram perguntados sobre o que as lojas de conveniência podem fazer para aumentar as vendas: 54% disseram que elas precisam oferecer preços similares ao de outras lojas, 22% sugeriram oferecer uma gama maior de produtos e 11% pediram que elas tenham maior presença em aplicativos de entrega. A pesquisa contou com 619 consumidores entrevistados, sendo 54% homens e 46% mulheres.
Na análise do Gerente de Operações da BARE Brasil, Matheus Oliveira, por praticarem preços altos, as lojas acabam, hoje, perdendo espaço para os aplicativos de entrega, que praticam preços tão altos quanto.
“O principal motivo para as pessoas ainda frequentarem essas lojas é a comodidade ou conveniência. Mas isso os aplicativos conseguem cobrir porque também oferecem comodidade e ainda entregam a compra na residência do cliente”, comenta Oliveira.